terça-feira, 23 de novembro de 2010

A SOLIDÃO DOS ACOMPANHADOS

Solidão, significa isolamento, estado de quem está só, então só sente solidão quem mora (vive) sozinho? Não! Quando falamos em solidão, sempre nos vem a cabeça que só sente solidão quem vive sozinho, mas muitas vezes a solidão acontece para quem vive em companhia de uma ou mais pessoas e não tem atenção ou  muitas vezes é tão reprimido que sofre demais com a solidão .

Na correria que a vida globalizada se transformou, deixamos de dar valor a pequenas mas muito significativas ações em nosso dia a dia, como por exemplo um bom dia sorridente ao nosso companheiro, um beijo em nosso filho, uma visita a casa de nossa mãe que pode  até já estar velhinha, mas fica tão feliz quando chegamos  em sua casa e ficamos pelo menos 20 minutos conversando, ouvindo, dando atenção aquela criatura que é a única nesse mundo que  nos ama incondicionalmente.

Na minha condição de mãe, acredito que uma mãe independentemente de sua idade e da dos seus filhos, ela sempre vai querer que eles estejam todos bem, e mãe sempre tende a defender o filho mais fraco naquele momento, mas os ama por igual.

Quando um idoso mora com várias pessoa numa mesma casa, ainda assim devemos atentar para o fato da solidão que sente, muitas vezes precisa calar, para não haver tumulto, sente-se reprimido em sua própria casa, tiram-lhe a privacidade e também o direito de administrar a sua própria casa, aquilo que fez a vida toda, essa solidão transforma-se em tristeza e alguns ficam até depressivos.

No meu entendimento quem vive acompanhado também sente solidão e muitas vezes é muito pior do que a de quem vive sozinho.
Eu tenho medo da solidão, quero envelhecer, mas não quero ficar sozinha e nem sentir solidão acompanhada.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mãe eu assinei sua carteira






Ontem vendo a reportagem exibida no  Fantástico da Rede Globo lembrei-me de um acontecimento quando o meu primeiro filho tinha mais ou menos três anos.

Quando me casei, ja trabalhava e continuei mesmo depois de ter filho (faço isso até hoje). Quando nasce o primeiro filho a gente tem muitas dúvidas e medos, eu tinha tanto medo que me separassem de meus filhos e que eles quando crescessem não  lembrassem de mim que acabei passando isso para eles (um grande erro) num grau muito maior para Dinobergh que foi o primeiro.

Todos os dias quando eu ia sair para trabalhar era aquele chororô, normalmente eu saía escondida, porque quando ele via não tinha jeito ele chorava e eu inexperiente voltava duas, três vezes,  aí  era que ele chorava,
muitas vezes eu andava dois quarteirões ouvindo o choro dele e meu coração doendo, mas não tinha outra escolha.

Ele foi crescendo,  era uma criança muito esperta, bem entendido para a sua idade eu conversava muito com ele, quando recebia o salário mostrava para ele, quando ia fazer a feira  o levava  junto e explicava porque precisava sair para trabalhar e dizia que o amava muito,  aproveitava todos os minutos de folga para estarmos juntos e assim a vida seguia  até que um dia eu precisei levar minha carteira de trabalho para umas anotações e ele quis saber o que era, então expliquei.

Para minha surpresa certo dia, ele chegou todo feliz com minha Carteita de Trabalho na mão para me mostrar dizendo assim:
Mainha, você agora não precisa mais ir rabalhar eu ja assinei sua carteira, eu parei e arregalei os olhos e ele disse: já olhe aqui, tinha rabiscado uma página inteira, quando ví  quase caí, a primeira coisa que passa pela cabeça numa hora dessas,  é largar tudo e ficar em casa só para cuidar daquela criança linda, pura e inocente que acha que um simples rabisco resolve tudo.

Não lembro como foi que saí dessa saia justa, mas o fato é que continuei  trabalhando porque era preciso porque só o amor não alimenta.
Sei que sentiram muito aminha falta, mas procurei suprir da melhor forma que pude, não fui a mãe perfeita porque para educar além de amor e carinho se faz necessário  também ser energico de vez em quando.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um gato chamado CRUEL....

Meus filhos desde muito pequenos sempre tiveram animais de estimação, mesmo dando muito trabalho e eu não gostando muito, aceitava e cuidava por amor a eles, aqui vou contar o caso de um gato que Lindnara inventou de criar quando tinha mais ou menos trê anos.




Lindnara e gato Pimentinha e depois se tornou CRUEL

Nós moravamos na rua Joel Damasceno e uma gata da vizinha  deu cria e Lindnara queria passar o dia todo brincando com esses gatos e pediu um gato para criar e batizou com o nome de Pimentinha, era Pimentinha pra lá e pra cá até que de tanta ela mecher com esse gato um belo dia Pimentinha zangou-se e arrannhou-a.

Mas a Lind desde criança já era criativa e mesmo chorando, não desistiu de criar o gato, resolver apenas mudar o nome, e disse com muita raiva : seu nome agora não é mais Pimentinha, vai ser CRUEL, todo mundo achou muito engraçado a criatividade dela, riu-se muito, e o danado ficou com o nome de CRUEL.

Depois de um tempo nós compramos uma casa maior e nos mudamos, levamos o CRUEL, passamos uns dias com todo mundo trancado em casa, para ver se esse gato de acostumava na casa nova, mas acho que depois de mais ou menos uma semana esse gato encontrou uma porta aberta e fugiu, passaou o dia fora~, anoiteceu e nada, era menino chorando pra todo lado, nós procuramos em todos os lugares possíveis e imaginários e não encontramos nada, até que depois de muito choro e cansaso consegui botar esses meninos pra dormir, pois não é que pela madrugada esse gato apareceu miando, esses meninos acordaram fizeram a maior festa e nimguem dormiu mais, nós fomos trabalhar no outro dia de ressaca e eles nem foram para o colégio poque não tinham condições, já que só adormeceram quando o dia já estava amanecendo.

O tempo foi passando Cruel fugia, mas voltava, até que ficou doente e não teve jeito morreu, no dia que esse gato morreu já era noite quando chegamos em casa, ele estava muito grave e resolvemos leva-lo outra vez ao veterinário, mas quando chegou lá ele ja estava morrendo, aí foi Dino começou logo a chorar, e eu consolando aí Lindanara sai com essa,  Mãe eu choro também? me deu vontade de rir, mas eu respondi, chore não, ela ainda disse, eu choro amanhã não é? O mais interessante é que no outro dia quando ela acordou ainda me perguntou, aí mãe eu choro hoje? E eu disse não mulherzinha, não precisa mais não, ja passou  e assim ela não chorou a morte do CRUEL.

Como as crianças são inocentes e puras, o irmãozinho que era mais velho e ja entendia, chorou porque sabia que estava perdendo um ente querido, mesmo que fosse um gato, ela era tão  pequena que não entendia a dimensão da morte e me perguntou se chorava hoje ou amanhã.  

Vamos amar nossas crianças, elas são puras e inocentes.